PELE, UNHAS E CABELO

Imagina o que aconteceria se deixasses de cortar o cabelo e as unhas. Até onde eles iriam? Na verdade, o cabelo e as unhas só crescem quando são cortados. Quando não são, chega a um momento em que param de crescer. Este momento, depende das características genéticas de cada pessoa, características herdadas da mãe e do pai.

O cabelo e as unhas são formados por células epiteliais, isto é, as mesmas que formam a pele. Esta é composta por três camadas principais: a epiderme, onde estão as células epiteliais; a derme; e a hipoderme. Pele, unhas e cabelo funcionam como barreiras protegendo a pele contra as agressões causadas pelo tempo, traumatismos e microrganismos.

O crescimento e a forma do cabelo e unhas são comandados por células matrizes. Essas células possuem uma espécie de "memória", que mantém o padrão de cada um, ou seja: a espessura do fio de cabelo, o formato da unha etc. Mas essa "memória" pode ser alterada, como acontece quando entalamos um dedo na porta e a unha passa a crescer torta. Outras vezes, as células matrizes não são atingidas e a deformação desloca-se até chegar à ponta da unha e ser cortada. As hormonas - substâncias produzidas pelo nosso organismo - e as características genéticas de cada povo também influenciam no crescimento do cabelo e das unhas. Já ouviste alguém dizer que quem tem problemas fica com cabelo branco? Isso realmente pode acontecer. Infecções e stresse podem provocar a queda, a desnutrição e a alteração da cor dos cabelos. Mas depois da cura, se a infecção não atingir as células matrizes, volta ao normal. Geralmente, uma unha da mão demora cerca de seis meses para crescer da raiz até a ponta. No pé, esse tempo é maior: vai de oito meses a um ano. Já o cabelo e outros pêlos alternam períodos de crescimento e de repouso, de acordo com a região do corpo. O cabelo, por exemplo, cresce por vários anos e fica de repouso cerca de três meses, voltando a crescer depois. Além disso, os fios não crescem todos ao mesmo tempo.

Mas não são só as unhas e o cabelo que se renovam. As células que compõem as camadas mais internas da epiderme vão, aos poucos, para fora do corpo, só que não nos apercebemos. Vão mudando de forma, perdem o núcleo e morrem, formando a camada externa da epiderme, que depois se solta. Durante o processo de renovação, que dura cerca de 45 dias, várias células duplicam-se, criando outras. Quando nos aleijamos, a crosta da ferida que se forma é uma célula morta que vai subindo até cair. Para tapar o buraco, o organismo começa a produzir um número maior de células do que o normal. Nesse caso, como essa parte do corpo fica sem a proteção da pele, não nos podemos esquecer de limpar e desinfectar a ferida, por mais que arda e doa.

David - 6º Ano